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Empreendedorismo feminino e seu papel na sociedade

Empreendedorismo feminino e seu papel na sociedade

Empreender transforma, movimenta a economia. Ao abrir uma empresa, toda uma rede de relacionamentos é criada: fornecedores, colaboradores, geração de empregos e renda etc. Poucos anos após uma grande crise que assustou o Brasil, as mulheres ainda continuam sendo uma das classes mais afetadas. Os salários menores, as chances de gravidez, que gera afastamento previsto em lei e diversos estigmas enraizados na sociedade ainda fazem com que as empresas contratem mais homens.

Por esse motivo, o panorama do mercado de trabalho para as mulheres mudou, e muitas fizeram a curva que leva ao caminho do empreendedorismo. As brasileiras alcançaram maior índice de escolaridade e destaque na participação ativa na economia. Até o final de 2018, o Brasil já contava com 24 milhões de mulheres empreendedoras — um milhão a menos do que os homens, mas ainda assim um número promissor.

Autoestima nos negócios

Por mais que, muitas vezes, não haja tanta orientação para gerir o negócio, elas vão dando um jeito de conquistar suas próprias realizações, ganhando representatividade e inovando na maneira de trabalhar. Os desafios também vão surgindo a cada passo dado, assim como novas oportunidades de exploração. Na mesma medida em que contribuem para o desenvolvimento do país, elas também investem na educação das suas famílias: uma corrente de crescimento. Acontece que os empreendimentos abertos por mulheres tendem a durar menos.

Para uma empresa evoluir, é preciso de estratégia e controle financeiro (este último principalmente). Em um contexto histórico, a mulher sempre esteve limitada ao ambiente doméstico. Isso começou a mudar apenas muito recentemente. Imagine que há 57 anos a desigualdade de gênero era tanta que as mulheres não podiam ter acesso ao próprio CPF ou tampouco ter conta em banco. Por isso, ainda não há o preparo necessário para o mercado financeiro, diferente dos homens, que sempre foram incentivados a trabalhar e se capacitar.

Por mais que elas possuam uma renda maior do antes, isso ainda não as deu a segurança necessária para lidar com essa autonomia financeira. O novo desafio que elas precisarão enfrentar é fortalecer esse ponto e adquirir mais confiança e “autoestima financeira”, para assim possuírem independência total e traçar os melhores rumos para os seus negócios.

Qual o papel do empreendedorismo feminino?

Por empreendedorismo feminino, entende-se qualquer ação empreendedora realizada exclusivamente por mulheres, porém nem sempre essas ações são grandes projetos: o conceito vai muito além disso. É mais do que uma grande empresa com alta margem de lucros, trata-se do empoderamento, um termo que está em voga e que tem tomado força em tempos onde as mulheres possuem voz e papel ativo na sociedade. O empoderamento feminino garante mais espaço às mulheres e à desconstrução sobre a desigualdade de gênero, impactando positivamente as comunidades e dando novas perspectivas de vida a quem até pouco tempo vivia sob a sombra dos homens.

Quem são as empreendedoras do Brasil?

Elas possuem uma idade média de 39 anos. 79% possuem ensino superior completo e 75% são mães. Grande parte delas (19%) encontra-se na região metropolitana do estado de São Paulo. Além da jornada dupla como mães e empresárias, 55% delas se aventuram sozinhas nos negócios, sem sócios. A maioria dessas mulheres trabalha em casa (68%). Esses números ajudam a traçar um perfil para elas. São mães, possuem qualificação e experiência no mercado de trabalho (nota-se que a média de idade mostra que elas já têm um bom tempo de CLT, e só então resolveram empreender).

A mãe que sustenta os filhos com a costura é uma empreendedora, aquela vizinha que vende salgados por encomenda é uma empreendedora, aquele salão conhecido no bairro pertence à uma empreendedora, aquela amiga da faculdade que começou uma loja virtual no Instagram é uma empreendedora, assim como qualquer grande empresária. Todas elas são agentes de transformação social.

Dessa forma, o termo empreendedorismo feminino não serve apenas para designar uma variação do empreendedorismo, e sim algo que vai além do corriqueiro, sendo um movimento importante que dá força e visibilidade à questão da igualdade de gênero. É assim que muitas mulheres encontram sua independência e realização pessoal, trazendo seu diferencial para o mundo.

Mulheres na liderança = melhores resultados

Elas possuem um olhar mais detalhista e consequentemente, uma visão mais sistêmica e analítica, além de possuírem mais aptidão para desenvolver melhor as relações interpessoais. Dados apontam que empresas geridas por mulheres possuem 21% mais chances de conquistar resultados extraordinários. Geralmente elas procuram empreender após a maternidade, pois é quando já possuem horários mais flexíveis e independência financeira.

Os resultados podem fazer com que ainda mais mulheres busquem abrir seu próprio negócio, principalmente quando cerca de 33% delas fatura até 10 mil reais, um número alto se comparado à média salarial do Brasil. Mas mesmo com esses dados promissores, elas ainda encontram diversos empecilhos ao assumirem o próprio negócio.

Os desafios do empreendedorismo feminino

O sexismo, que é a discriminação baseada em estereótipos de gênero fincados na sociedade é uma das maiores barreiras que as empreendedoras irão encontrar, tanto na vida pessoal quanto profissional. Os julgamentos em relação aos homens faz com que elas sejam consideradas menos competentes nos negócios, um dos amargos frutos da influência cultural construída e mantida no decorrer dos séculos.

O mundo dos negócios, então, parece um ambiente pouco representativo e sem incentivo para que as mulheres cresçam, principalmente em áreas de predominância masculina, como o setor da tecnologia. Não obstante, elas ainda sofrem com a falta de apoio até mesmo dentro de casa. Pensando nisso, diversas instituições passaram a investir em ideias criadas por mulheres, pois no caso delas, quase sempre há uma preocupação com os desdobramentos do negócio para sociedade.

Mais da metade das empreendedoras (51%) admite que tinham medo de fracassar, mas que isso não as impediria de tentar. Pouco menos da metade (49%) afirmou que possui experiência, habilidade e conhecimento para começar um novo negócio. Além disso, elas ainda pagam mais juros que homens, mesmo sendo comprovadamente mais adimplentes. Essa luta, mesmo com todas as adversidades, conspira a favor do empreendedorismo feminino. O caminho para a igualdade é longo, mas muito vem sendo conquistado e elas não vão parar de inovar, criar, crescer e transformar a sociedade.

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